quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Post Scriptum

Depois do Natal por vezes fica aquela sensação de que queremos que volte atrás e o jantar comece outra vez.

Este foi bom. Diria que foi o melhor. De sempre até.

O dia da Confissão também foi um dos melhores. Não pela confissão em si, mas pela cumplicidade e pelas palavras e frases feitas que apesar de tudo foram bem ditas.

"Foi o Espirito Santo que te trouxe aqui"

Eu acreditei no senhor, mesmo não sabendo bem o que significa essa "divindade" e o que ela pode, racionalmente, fazer por mim.


Também escrevo hoje, porque depois de tanta gritaria e choque e correria e nervos à flor da pele... houve coisas que ficaram na mesma.

Bem, na mesma julgo que não, houve mentalidades, consciências e entendimentos por parte das pessoas que estão ao lado que mudaram.
Mais não seja porque as pessoas que estavam presentes pensaram em si mesmas.

Mas... a frase "Não sei mais como defender os meus irmãos se ela continua a aceitá-lo" ainda me dá um nó na garganta, ainda me faz sentir um murro no estômago, no pâncreas, no fígado, nas entranhas...
Não respondi a esta frase.
Não porque não sabia o que dizer, mas porque ia chorar.

A emoção é sempre aquela coisa que nos bloqueia muitas vezes... e as lágrimas, essas coisas parvas, são sempre as que nos querem denunciar perante os outros nos momentos menos próprios.

Estou zangada. Muito.

Mas calma, porque sei que a resiliência é uma coisa fantástica que o nosso cérebro nos confere.

E sei que eles se safam e que aprendem.

A mensagem, o conselho, as palavras de hoje são:
Que nenhuma besta nos deixe sentir que não valemos nada, que somos umas merdas, que a nossa vida nunca há-de melhorar.
Que nunca deixem que alguém, seja quem for, mesmo a pessoa que diz que vos ama, vos deixe sentir como se a vossa liberdade e dignidade dependa de um pedido de desculpa dele.
Nunca permitam que as vossas Vontades de Homens e Mulheres seja inferiorizada, cortada, abafada por alguém.

Sejam sempre fiéis àquilo que mais interessa, àquilo que vocês criaram e cresceu dentro de vós ou por vós, sejam eles os filhos, a Esperança, a Fé, a Caridade.

As escolhas não são sempre fáceis, mas quando vos pedirem para escolher entre um marido e um filho, por mim escolham Sempre o filho. Esta é a ideia geral. E também a concreta e objectiva.

Uma das minha primas diz que se ela não gostar de si própria que mais ninguém gosta.

Nunca percebi se sou a favor ou contra esta frase, mas sei que há momentos que não há frase e sentimento mais forte e mais importante que este.

Que este próximo ano seja um ano de mudança e aventuras arriscadas e que saltemos os limites da nossa Fé nas coisas e nos outros.
Sejamos Amor. Aquele que perdoa, esquece e segue. Aquele que sabe o que interessa e nos faz Agir Protegendo os outros, os nossos filhos, as nossas Vontades.