quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Já foi

Hoje escrevi quem era numa folha. Só para mim. Despida e nua de conceitos abstratos e complexos.
Depois apaguei.
Decidi não enviar.
Queriam que eu abrisse o coração e ao som de uma música arruaceira disse para mim coisas que até hoje só pensava.

Nunca tinha feito isto.

Disse coisas feias. Reais e pronto.

E é isto.

Ainda sou aquilo. De outras formas diferentes e mais rústicas.

Puro e duro.

Coerente?

Já acordei em cadeiras de hospital à espera de alguém, com a esperança de que a partir dali o mundo começasse a ser diferente e as pessoas não olhassem mais para mim como se eu pudesse fazer alguma coisa.

Há coisas que eu não podia ser, fazer. Só sentir.

Já fiz porcaria, da qual me orgulho =)

Foi bom estragar aquele milho todo ao senhor. eheh

E mais estrgava... se houvesse!


Escrevi o que queria mostrar. Mas depois relativisei o assunto, seleccionei o texto e "delete".


Às vezes basta ler para se saber, depois já não interessa.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Amanhã será outro dia

Deitas-te.

Adormeces devagar.

Ela já está a descansar. Já lhe colocas-te o cobertor, já a aconchegas-te.
Ela ficará bem.

Há dias assim, não possiveis.

Olho para ti, não me vês, não faço barulho.

Dou-te um beijo de boa noite na tua face quente de fada mágica e sublime.

Amanhã estarei contigo. Dar-te-ei a mão pela cidade.

Respirar.

O vento trouxe a chuva e com ela a lavagem dos dias sujos, dos passos errados.


Quero-te ouvir e quero tanto...

Como estarão os teus olhos?

Tenho reparado que os dias estão longos...

A chuva não deixa caminhar sem nos molhar.
Saberá ela que aproxima pessoas debaixo do chapéu?
Gosto mesmo dela.