quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Das realidades oniricas


Sei que vivo uma realidade paralela.
Agora sei que sim.
Levei 2 manhãs a perceber isso.
2 manhãs.
Ninguém demora tanto tempo.
Demoro eu.
Mas também não há muita gente a acordar abraçada.
A acordar com alguém a procurar por si.
A acordar de carinho cheio.

E hoje, por nada em especial,
quis vir aqui dizer que me sinto uma sortuda.
Que de facto devo ter feito alguma coisa.
Sou de gostos fáceis mas de traços difíceis.
De qualquer forma,
devo-me ter portado bem pelo caminho.

E percebo isso pelas manhãs.

"Queres café?"


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

(sem título que não me apetece inventar)


Um dia decido ser a melhor numa coisa qualquer
e Sê-lo-ei.
E hoje, mesmo mesmo hoje, vou dizê-lo.
"O meu objectivo é ser a melhor"
Não vou sê-lo porque vou ser melhor que A ou B.
Não.
Vou ser a melhor, porque serei a melhor de todas as melhores entre as melhores.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

As escolhas e o "voltar arás"

Por vezes fazemos escolhas que mudam a nossa vida.
É o cliché de sempre
Fazemo-las quase todos os dias.
Quando amamos alguém, então, elas estão presentes a todo o momento.

Um dia mudei o rumo, saí do que era aquele grupo,
aquele clube, aqueles amigos.
Fez sentido, era o tal sonho que seguia.
Não me arrependerei nunca.
Houve pessoas tristes, mas nunca falhei.
Fui honesta e despedi-me grata.

O sonho era antigo, a vontade enorme.
Todos percebem.
Aceitam de uma maneira ou de outra.

O problema coloca-se quando,
a certa altura,
pelo desenrolar dos acontecimentos,
eu posso voltar a este grupo que deixei.

O sentimento de falha atravessa.
Aquela coisa de sensação de retrocesso instala-se.

Na verdade nunca fui grandiosa.
Não fui, admito.
O sonho realizou-se e voltar atrás parece...
Desapontante (?).

Não volto atrás melhor do que saí.
Não volto mais evoluída nem sabedora das regras e táticas.
Só volto.
Podia ir para outro sitio, continuar com algumas pessoas, mas...
A vontade de ir ensinar está a mexer cá dentro.
Não ensinar porque aprendi lá no outro lado,
mas porque um dia também me ensinaram e tenho cá a Vontade.

No final das contas bem feitas, é possível que nem vá para lado nenhum.
O mais certo.
Mas hoje, por causa de uma noticia,
sinto-me assim, ansiosa de voltar.


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Das amizades de sempre

"Eu adoro-te princesa e quero que acredites sempre que somos um!
Eu confio tanto em ti e no teu coração... Gostava que tantas coisas fosses diferentes. Gosto que tantas coisas sejam como são! Todos os dias há sol! todos os dias há Deus onde tu quiseres! Todos os dias há nós! E isso nem os trabalhos, nem os exames, nem as desilusões podem apagar!
Hoje tudo pode estar no extremo mas nunca te podes esqueçer que há um espaço só teu, onde ninguem pode tocar! Esse é o espaço da tua liberdade! E é tão importante... e está sempre lá: como o sol! Pára. Sente a tranquilidade de um momento ao vento*

Não quero voltar a cair na teoria longinqua que consegue tornar tudo tão ilusóriamente perfeito. Só quero que estejas bem, acima de tudo! E tu sabes que voltar ao mais básico, ao mais fundamental é um bom ponto de partida... Eu estou aqui, embora não pareça... Muito aqui, muito para ti!

És tão especial pricesa! a proximidade da perfeição não é fácil (é o que eu digo á minha mãe!), pode parecer ingrato, injusto e desmoralizante, no minimo, mas é muito mais gratificante e de valor. Continua à procura do teu tão belo VAI. Ele ajuda-te, sempre! (mesmo quando parece só confundir)

Agora não penses, dorme... e quando acordares lê um poema do alberto caeiro e encontra a felicidade! utópica, eu sei, mas o Pessoa diz que ele é o mestre, não é? Não sei se é muito fiável acreditar nesse homem actor, mas em 120 anos alguma coisa deve ter aprendido para nos ensinar...

Não quero sair daqui... Quero estar aqui, bem contigo, mais tempo e mais tempo....
Vou ficar aqui!
Quando leres este e-mail ainda aqui estarei, bem em frente ao computador, bem à tua frente, a pensar em ti* muito em ti."

Das escritas

Nem sempre me apetece escrever.
Aliás, só cá venho quando há a inspiração.
De facto, ultimamente ela tem...hum...escasseado...
Acho que é porque tenho a "veia entupida"
Até tenho ouvido música bonita.
Na 6af até me apetecia, mas não tinha papel e caneta (pela centésima vez o pensamento "não te disse já para andares sempre com isso atrás?").
Mas pronto.
A causa do entupimento só pode ser dos nervos, só pode.

Há uns tempos atrás a esperança no futuro surgiu pelas palavras de uma velhota que me diz sempre "és uma joia"; naquele dia ela estava mesmo mesmo fofa, sentada numas escadas à porta de casa. Disse que eu ia conseguir, que ia arranjar logo, rapidamente. Eu acreditei e fiquei com o coração cheio.

Se aparecesse o gigante, o lobisomem, o dragão de duas cabeças, era gaja para partir aquilo tudo tal era a força e garra daquele momento (isto se não fosse um dragão cuspidor de fogo... esse talvez fosse mais difícil, não sei, nunca vi nenhum).

Mas depois, como acontece muitas vezes e a muita gente boa, esse sentimento tende a diminuir o grau e voltamos quase ao mesmo.

Eu digo que sim, que isto se não for no lado direito há-de ser no lado esquerdo, ou por cima, ou por baixo, ou até invento, mas depois...raios parta!

Enfim.
Hoje li um e-mail que um dia me enviaram.
Vou buscá-lo e emoldurá-lo.

Um dia vou mesmo acreditar naquelas palavras bonitas de quem acredita em mim e fazê-lo.
Ai se vou!





Zorro


Eu quero marcar um Z dentro do teu decote
Ser o teu Zorro de espada e capote
P'ra te salvar à beirinha do fim
Depois, num volte face vestir os calções
Acreditar de novo nos papões
E adormecer contigo ao pé de mim

Eu quero ser para ti o camisola dez
Ter o Benfica todo nos meus pés
Marcar um ponto na tua atenção
Se assim faltar a festa na tua bancada
Eu faço a minha ultima jogada
E marco um golo com a minha mão

Eu quero passar contigo de braço dado
E a rua toda de olho arregalado
A perguntar como é que conseguiu
Eu puxo da humildade da minha pessoa
Digo da forma que menos magoa
«Foi fácil. Ela é que pediu!»

Zorro (João Monge/João Gil)
António Zambujo