domingo, 13 de novembro de 2011

Maria João





Olho para esta senhora quando canta.







Não há muita gente a gostar dela, confesso. Dela ou das suas músicas estranhas, esquisitas e até da forma como se expressa. Também não gosto de todas.


São dificeis algumas.



Um dia fui ver um concerto da Rita Redshoes e houve também quem se queixasse da "forma teatral (excessiva, diziam)" em que estava envolvido o concerto.



Mas depois oiço-as a falar da música, mais a Maria João que é quem quero referir neste post.



Eu oiço-a com muita atençao. E faço-o porque ela tem uma coisa que se chama magia e fala como quem ama o que "interpreta" e sente quando está num palco.



É impossível para mim não ficar presa. Ela fala e sabe o que dizer, seja por palavras seja pela postura, sobre aquilo que ama. A música.




Admiro bastante pessoas que sabem do que falam e não se engasgam quando falam do assunto, que sabem falar daquilo pelo qual estão apaixonadas ou que amam e que não dizem "É uma coisa que se sente, não se explica"



Há quem saiba explicar, há quem me saiba dizer "para mim o amor é..." sem medo de o dizer, sem medo de não estar completamente certo.

E para mim o Amor passa a não ser uma coisa assim tão complicada de explicar, de sentir, de perceber. Há demasiadas "novelas" nesta vida, o Amor não é uma delas.

O Amor não é isso. Não é o orgasmo, não é o fogo de artificio, não é o reencontro, não é a entrada na igreja, não é a 1ª aula de condução, não é a loucura e o impulso. Não é. Para mim não é.




O Amor não é dizer "amo-te".