terça-feira, 13 de outubro de 2009

quero

quero escrever sem parar.

dizer coisas sem sentido, sem ligação para quem lê, fugir do monte, descer a ravina, procurar um tempo em que tudo se encontra perfeito, sem gota de luz retirada do seu lugar.



quero gritar a alguém, bem ALTO, ouvir o ar que nos leva para além, para acolá..



quero deixar de ouvir barulho, desenhar a confusão, fazer arte, correr o mundo, o teu.



quero conversas sobre o nada que nos molda os passos que damos na calçada, quero mesmo falar em conversas em que não perceba nada, desafiar-me, pensar em coisas que não sabia que podia pensar, quero ver para além disto, quero mais!

quero voar pelas asas do vento.



queria saber dizer que a linha entre a sanidade e


a loucura é tão fina como o fio de areia que


deixamos cair, devagarinho,

das mãos E que é


tão dificil pararmos para nos agarrarmos a algo que nos mantenha normais (?), intactos, sem dor e delirio



quero poder tocar o céu, ver de perto a aragem que me faz subir e perder e partir e escorregar na ausência de ti



um dia, qualquer dia, um daqueles próximos, vou chegar lá.


vou conseguir responder à pergunta "o que é o amor" sem que pareça que o materializo, vou escrever ainda mais, sempre mais, até não ter mais palavras, nem conceitos, nem vírgulas, ou pontos que me valham, até já não saber o que representa o arquétipo que construimnos e desconstruimos neste processo intrinseco e severo que é a existência, quando já ninguém perceber o que é o preto, ou as cores, ou o sentido, ou.... o caminho.

Conseguiremos algum dia ser parte de alguém que não apenas de nós próprios?
ou seremos para sempre nossos, mesmo que loucos?




Um dia vou descobrir. Um dia, quando já não souber ser quem fui, nem me conseguir lembrar de como era dantes, quando o "faz de conta" já não fizer conta comigo, quando a realidade for demasiado presente, aí, nesse dia, serei eu



Louca. Pequena. Nua. quase tua, para sempre minha.





Oiço pessoas na rua, cair, a serem o que não são porque tem que ser assim, sempre assim, acho que já não sabem o que querem ser. ou saberão?




Tenho uma história para contar. Tenho 21 anos e uma história para contar.


A quem?


Ainda haverão bons ouvintes,

daqueles mágicos que transformam tudo

num conto bonito?


Daqueles que esquecem?


Hoje estou aqui.

Vou tentar ouvir o principe que está naquele planeta

lá ao longe...



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