segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Segundo(a)s pensamentos


A semana começa sempre assim,
já há algum tempo:
Na paragem do autocarro.
Hoje sintonizamos as antenas e as frequências
e dizemos até sexta.

Não, afinal acho que não dissemos.
Nunca dizemos.
Curioso...

A primeira coisa que pensei foi:
Amar alguém é muito difícil.
Temos mesmo que ser muito mais do que aquilo que somos.
A paixão leva-nos ao engano,
diz-nos que tudo é possível,
que é mesmo aquele tipo,
que vai ser para sempre.

Mas não é verdade.
Temos mesmo que Estar com o outro.
Temos mesmo que nos unir.
Os pensamentos egoístas têm que ser reformulados.
Se amamos temos mesmo que o fazer.

"Amar não é fusão, não é deixarmos de ser nós mesmos",
"não nos anulamos quando amamos"

O objectivo é ser melhor,
tornar os gestos mais bondosos,
pensando no outro,
naquilo que conhecemos dele e das suas Vontades;
numa constante leitura e conversa.
Acho que no inicio é mais conversa,
depois também aprendemos.

Reformular.

Amar é reformular.
Acho que é possível.

Mas é muito muito difícil...
Mais do que aprender tocar viola.
Acho que é um pouco como conhecer uma cidade nova sem saber nada dela.
No inicio é só ver.
Vemos o que nos pode interessar, o que é bonito, o que o olhar gosta.
Depois conhecemos as histórias,
o que significam aquelas escadas,
os monumentos...
Essas coisas.
E aprendemos a gostar.
Com o bom e com o mau.
Ou nem aprendemos e passamos logo a senti-la nossa.

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