quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sobre o amor

Parada, em pé, olho para o que vejo à frente.
Quase choro, porque a cena é comovente... O pai que abraça o filho, depois de acabada a celebração que o une a uma mulher para sempre.
O pai chorava e o filho acompanhava...
Talvez nunca tivessem estado assim até aquele dia.
O pai andava melancólico.
Agora o ninho ficava vazio.
Agora o seu filhote já não dormia em casa, já não pertence ali.

No fundo, criamos um filho para o preparar a viver o Amor, a união, o respeito e entrega pela sua mulher. E preparamo-lo para que no futuro também ele prepare o seu filho e é assim durante a eternidade.
Educamos para o Amor que o há-de levar para outro ninho.
Damos as armas para que ele cuide e viva com alguém ao seu lado.

No final daquele dia pensei: todos deviam de presenciar este dia, esta festa, era mudança na vida de alguém.
Pensei que todos os pais e todos os avós, deviam estar lá, naquele dia, a serem felizes pelo seu filho e neto.
Pensei que todos deveriam ter o direito de viver este dia, estas danças, esta...alegria de união.
É um dia de princesa e de príncipe.
E ninguém devia de perder este momento.
Ninguém.

E o padre diz: "vocês são agora o sinal do Amor de Deus. Têm a responsabilidade de transportar esse facto. De demonstrar que Deus nos ama através da vossa união."

O Amor é a pessoa que Amamos.
Só há Amor porque há Deus; o Amor foi a prova de Deus, é Deus. Sem ele não existiria o conceito e o significado dele.
E eu chego ao final do dia, já com a noite bem lá no alto, entre abraços e mimos pela dor de barriga, deitada no peito de quem me faz sentir bem.

O Amor, meus caros, não é aquilo que vocês pensam que é.

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