quarta-feira, 27 de julho de 2011

Perfume de homem

Vais embora.

Sais pela porta e eu vejo-te ir.

Resta-me o cheiro em mim.

Depois do que vi lá no longe, fico com certezas mais...próximas.

As palavras não andam de passagem aqui por estes lados, é verdade.

Mas... sentada no chão de pedras e ervas soltas, oiço o fado e tenho a certeza. Tenho a certeza de que pertenço ali, aquele chão, aquelas pedras... E começa ali o Mundo, e ali vemos o que há de belo e de nosso.



Confesso que quase deixei cair a lágrima.

Pela beleza do que via e ouvia.

Eu não oiço as letras, não estou atenta ao que se diz, nem em português. Escuto a melodia, deixo o corpo entregar-se a esse espirito de magia... Por vezes perco alguma beleza, noutras nem por isso... Vou pela essência. E essa é a melodia, o ritmo, o som, os acordes, o silêncio entre os acordes.



Agora que estou sozinha e te escrevo, digo só que o coração ficou à tua espera.

E que gosto mais de ti do que aquilo que digo.



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