Continuo sem saber como se faz, como se consegue, como aguenta a alma e principalmente o coração...
Como é que ele não rebenta? Como?!
Como é que não nos falham os músculos das perna e nos metemos de joelho?
Como?... Como se faz?
Fazemos.
Limpamos a laje, pensamos como era dantes, como era aquele dia, como éramos, o que não demos, o tempo que não passamos na sua companhia...
"Ai o que um neto perfeito não faz..."
E eu penso: "Como terei sido eu? Terei cedido as vezes que eram precisas e as que não eram? Terei deixado a zona de conforto? Terei conseguido ser o que era preciso?"
Julgo que não.
Mas gostavas de mim na mesma.
Eu era a única pessoa que reconhecias nos últimos tempos.
Lá devo ter feito alguma coisa, mas acho que pensamos sempre que não é o suficiente, não é?
Limpo.
Mando água.
Limpo a areia que se aloja nos cantos.
"É só isto que agora posso fazer e faço-o", penso.
Depois... Depois venho embora.
"Feliz dia da mãe, avozinha"
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