Coloco a cabeça naquele corpo adormecido.
Coloco-a no peito, no meio daquela escuridão.
Tum tum... Tum tum...
O coração...
Coloco a mão sobre a barriga, faço alguns circulos e paro...

Abro os olhos na escurdião.
Depois de me habituar a ela consigo ver o corpo, a boca, os olhos, o nariz...
Fico assim. Imóvel. Respirando devagar.
Junto-me mais.
Sinto o calor.
Deixo-me ficar.
Este é o segredo: deixar-me ficar.
Não interrompo o destino (se é que ele existe).
Melhor, não interrompo a serenidade.
Temos que cada vez mais nos deixar ficar, acalmar a inquietude, os movimentos rápidos, apressados, sem sentires.
E é neste ambiente de calor, imaginado pela alma e que o corpo quer mais perto, que deixo o sono vir e adormeço...
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